No último dia 13 de março, meu avô terminou sua bela trajetória aqui neste plano. Não resistiu à covid. Triste! Havia acabado de completar 97 anos e rumava firme ao seu centenário, para o qual já fazíamos planos. O fato é que tudo evoluiu de uma maneira muito rápida e dolorosa, mostrando que os nossos projetos futuros são tão ou mais fracos que um castelinho de areia. 

O que posso ratificar é que, mais que um avô, muitas vezes foi pai e, em todas, AMIGO! Assim mesmo, com todas as letras maiúsculas! Nunca procurou atalhos e nem os incentivou aos filhos, netos e amigos. Derramarei ainda muitas lágrimas de GRATIDÃO por tudo o que ele representou em minha vida, sobretudo nos últimos 15 anos, desde que me acolheu em Vitória/ES, na retomada da minha caminhada pessoal e profissional.

Estarão sempre em minhas melhores lembranças a sua generosidade, disciplina com a saúde, as caminhadas diárias pela avenida Beira-Mar, a inigualável galinha ensopada que comíamos no almoço, o suco de laranja feito na hora, o café da tarde sempre acompanhado de muitas histórias e conselhos, a paixão pelo Fluzão, a fé inabalável e uma outra infinidade de virtudes e defeitos que faziam dele uma pessoa importante para mim. 

Daqui para frente, sigo com os ensinamentos ainda vivos e enraizados na alma, com a certeza de que foi um privilégio ter sido neto, filho, amigo, em suma, convivido com um cara tão bacana. Carregarei com muito orgulho e, até o fim, o sobrenome de Edson Rios Pessanha. Até logo, vovô! 

Rodrigo Pessanha Tunholi / Secom